por Lucas Sobrinho
Mesmo com todas as notícias de violência nas comunidades cariocas, os bailes funk continuam acontecendo. Durante muito tempo, os bailes foram febre entre a juventude do Rio, incluindo os jovens de classe média. Assim permaneceu durante alguns anos, porém, com o alastro da violência e guerras entre quadrilhas, o público diminuiu e os bailes em comunidades perderam sua força.
Hoje, testemunhamos um ressurgimento desse modismo funk. A juventude lota novamente os bailes em comunidades e a festa acontece. “Eu fui sábado no baile do Tuiuti e não dava nem para andar” conta Filipe Padilha, morador do Flamengo e estudante de propaganda e marketing.
Junto com mulheres melancias, melão e morango, músicas que estimulam a sexualidade e muito pouca roupa, o funk volta com tudo. Bailes cheios, comunidades lotadas e muita festa completam o cenário da favela carioca atual. Ainda segundo Padilha, mesmo assim há problemas e todo cuidado é pouco, pois o problema da violência ainda é presente e se pode ter problemas tanto com a polícia, quanto com bandidos. Ele afirma que nunca teve problemas no baile, mas conhece pessoas que já tiveram.
A verdade é que o Rio de Janeiro hoje é uma cidade perigosa e o funk volta a crescer. Verdades distintas, mas verdades.
O funk é uma manifestação cultural do gueto brasileiro, e uma tendência entre os jovens das periferias do Rio e do Brasil todo. Portanto, funk é uma arte que tem trazido pessoas para o contexto da favela. Não que a favela seja boa ou ruim, mas é sim, uma realidade, e não deve ser ignorada.
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