segunda-feira, 12 de maio de 2008

Funk bombando no gueto

por Lucas Sobrinho

Mesmo com todas as notícias de violência nas comunidades cariocas, os bailes funk continuam acontecendo. Durante muito tempo, os bailes foram febre entre a juventude do Rio, incluindo os jovens de classe média. Assim permaneceu durante alguns anos, porém, com o alastro da violência e guerras entre quadrilhas, o público diminuiu e os bailes em comunidades perderam sua força.

Hoje, testemunhamos um ressurgimento desse modismo funk. A juventude lota novamente os bailes em comunidades e a festa acontece. “Eu fui sábado no baile do Tuiuti e não dava nem para andar” conta Filipe Padilha, morador do Flamengo e estudante de propaganda e marketing.

Junto com mulheres melancias, melão e morango, músicas que estimulam a sexualidade e muito pouca roupa, o funk volta com tudo. Bailes cheios, comunidades lotadas e muita festa completam o cenário da favela carioca atual. Ainda segundo Padilha, mesmo assim há problemas e todo cuidado é pouco, pois o problema da violência ainda é presente e se pode ter problemas tanto com a polícia, quanto com bandidos. Ele afirma que nunca teve problemas no baile, mas conhece pessoas que já tiveram.

A verdade é que o Rio de Janeiro hoje é uma cidade perigosa e o funk volta a crescer. Verdades distintas, mas verdades.

O funk é uma manifestação cultural do gueto brasileiro, e uma tendência entre os jovens das periferias do Rio e do Brasil todo. Portanto, funk é uma arte que tem trazido pessoas para o contexto da favela. Não que a favela seja boa ou ruim, mas é sim, uma realidade, e não deve ser ignorada.
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