Eliana Patrícia Stumpf
Ao mesmo tempo, o Grupo Cultural AfroReggae já possui filiais do seu trabalho na favela Parada de Lucas (comunidade que, apesar de vizinha a Vigário Geral, vive em guerra com esta por conta de facções criminosas rivais), no Complexo do Alemão, no Cantagalo e em Jardim Nova Era, que fica no município de Nova Iguaçu. Ademais, junto ao Nós do Morro, à Cufa (Central Única das Favelas) e ao Observatório das Favelas, o GCAR desenvolve o F4, ou Favela a Quatro, que promove um intercâmbio entre os profissionais destas ONG’s.
Cecília Alves, 27 anos, começou sua carreira aos 16 anos nos Ciclos de Estudo Dramatizados que aconteciam no Teatro Dulcina,ministrados pelo diretor Ricardo “Caco” Coelho que, não tardou muito a levá-la para a Companhia Teatral Fudidos Privilegiados de Antônio Abujamra, de onde migrou em 2001 para o AfroReggae. Nessa época o GCAR dispunha de um Trupe da Saúde que realizava trabalhos sociais nesta área. O Grupo cresceu e ampliou o foco, passando a se chamar Trupe de Teatro AfroReggae.
A atriz também ampliou seus horizontes e em 2003, após um árduo processo seletivo, integrou-se ao quadro de atores do Nós do Morro. A arte, indispensável em sua vida e sem a qual, segundo ela, não se imagina trabalhando sem, já se encarregou de conduzi-la pelas cinco regiões brasileiras, e inclusive pelo exterior encenando diversas peças em sua carreira. A mais recente, e premiada, foi a adaptação do clássico shakespeareano "Os Dois Cavalheiros de Verona".
Agora, em fase final de ensaios, Cecília e a Trupe de Teatro AfroReggae se preparam para estrear em maio o espetáculo “Urucubaca”, que conta com a direção de Johayne Hildefonso e Malu Cotrim, além de textos, em sua maioria, de Jorge Mautner que escreveu especialmente para o grupo, retratando a realidade das favelas. Em julho a peça segue para festivais em Liverpool e em Manchester, Inglaterra. E ainda este ano a atriz participa do novo filme de Cacá Diegues, “5 X Favela”.
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quinta-feira, 27 de março de 2008
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