segunda-feira, 17 de março de 2008

Temas das torcidas cariocas
entram nas paradas de sucessos


C. Alexandre Nóbrega

Já foi o tempo em que ir aos estádios de futebol era considerado um programa de índio. O Maracanã foi reformado, e o Engenhão é a grande novidade em termos de estádio moderno. E as quatro torcidas cariocas também inovaram nos cânticos, deixando de lado os palavrões e dando espaço às versões e paródias que são verdadeiras declarações de amor aos clubes.

Na reta final do Brasileirão do ano passado, a torcida do Flamengo criou uma letra para o “Tema da Vitória”, música que embala as vitórias brasileiras na Fórmula 1 nas transmissões da TV Globo. “O Tema já caiu nas graças dos flamenguistas, mas agora estamos tentando emplacar o ‘Vamos, Flamengo’”, diz o publicitário rubro-negro Marcos Lima sobre a versão vermelha e preta para “Can’t take my eyes of you”, sucesso das rádios nos anos 60.


Assista ao vídeo abaixo com o "Tema da Vitória"



Os vascaínos louvam o estádio de São Januário, a conquista da Libertadores de 1998 e o ídolo Juninho Pernambucano na canção "Vou torcer pro Vasco ser campeão". Na letra, o gol de falta do atual jogador do Lyon sobre o River Plate é lembrado como um talismã cruzmaltino.

Assista ao vídeo abaixo com o tema do Vasco



A torcida do Fluminense, embalada pela conquista da Copa do Brasil no ano passado, também criou a sua versão. O original virou “Eterno Amor”. “Para mim, é a mais original das cantadas nas arquibancadas. É claro que minha opinião é suspeita, mas digo com sinceridade”, jura o tricolor de carteirinha Edson Jorge, comerciante.


Assista ao vídeo abaixo com o canto "Fluminense Eterno Amor"



O torcedor do Botafogo jura fidelidade à Estrela Solitária na canção "E ninguém cala", pioneira das músicas da nova safra das arquibancadas. Quando estava na liderança isolada do Brasileirão do ano passado, a letra tomou conta dos noticiários e logo caiu no gosto alvinegro. "Estava no estádio, quando ouvi uma música diferente. Prestei atenção na letra e logo aprendi. Ela gruda na cabeça", diz o botafoguense e jornalista Daniel Matos.

Assista ao vídeo com a canção "E ninguém cala"


Com os palavrões longe das letras (pelo menos), fica mais possível torcer por um movimento de paz nos estádios. E se o ditado "quem canta, seus males espanta" for mesmo uma realidade, é só escolher e começar a soltar o gogó nos estádios. E por um bom jogo.


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