segunda-feira, 17 de março de 2008

Fábricas de sonhos

Eliana Patrícia Stumpf

As ONG's culturais Nós do Morro e AfroReggae, que hoje figuram entre as mais conhecidas do país por sua atuação sócio-cultural, surgiram em circunstâncias diferentes.
A primeira, por iniciativa de Gutti Fraga junto com alguns amigos, começou como um Grupo de Teatro no morro do Vidigal há 22 anos, com o intuito de levar uma oficina de arte àquela localidade.

Já o GCAR, Grupo Cultural AfroReggae, aparece em Vigário Geral em janeiro de 1993, sob a forma de um jornal periódico de música negra, isso alguns meses após a chacina que marcou este bairro. Logo em seguida, iniciaram-se as atividades de um grupo de percussão, que tornou-se o principal movimento artístico inserido no AfroReggae e, por isso mesmo, passou a ser sua maior ação divulgadora.

Ambas as instituições, apesar dos históricos distintos, sempre mantiveram a preocupação de levar alternativas de vida e cidadania para os moradores destas localidades, já tão estigmatizadas pela sociedade.

A entrevistada Cecília Alves, atriz da Trupe de Teatro AfroReggae, na qual também leciona Artes Cênicas, e do Grupo de Teatro Nós do Morro, conta todas as alterações ocorridas com estas ONG’s, desde o surgimento delas, muito em razão da amplitude que os projetos alcançaram, e ressalta “esses grupos atuam, seja através do lúdico ou do social, onde o Estado não chega como deveria, a fim de promover cidadãos muito mais preparados para lidar consigo e com o mundo”.

Continua semana que vem


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